Na linguística, existe um campo chamado etimologia, que é responsável pelo estudo da história ou origem das palavras.
Como e quando surgiram?
E o que dizer do tempo? Ele pode ou não afetar a maneira como interpretamos as palavras?
Uma coisa é certa: ao buscarmos as origens das palavras, conseguimos entender melhor a realidade na qual estamos inseridos.
Assim, aproveito para fazer uma pergunta…
Você já parou para pensar na origem da palavra trabalho?
Ela deriva do verbo trabalhar, do latim vulgar tripaliāre, interpretado como torturar.
É isso mesmo o que você acabou de leu.
Isso porque a raiz dela está na palavra latina tripalium, que era um instrumento de tortura romano usado para punir as pessoas que eram condenadas pelo império.
O (a) criminoso (a) era amarrado (a) no tripalium, aparelho formado pela junção de três paus (tri = três; palium = pau), e, então, chicoteado (a).
Por conta disso – e com o passar do tempo -, tripalium passa a ser entendido como fadiga, cansaço, sofrimento, punição, penalidade.
Explicada a origem, um ponto precisa ser destacado.
Jamais atribua à palavra trabalho o conceito de sofrimento!
Trabalhar não é sofrer
Se o tempo tem o poder de transformar a tudo e a todos, o seu trabalho não precisa ser uma tortura.
É possível mudar a nossa relação com ele e ter uma atividade profissional que te faça uma pessoa feliz.
Mas é fundamental que você seja uma pessoa empenhada na busca por esse objetivo.
Um bom caminho para isso é o IKIGAI, palavra de origem japonesa que significa “RAZÃO DE VIVER”.
Segundo os japoneses, todos têm um IKIGAI.
Para eles, a felicidade é muito mais do que dinheiro, conquistas materiais ou chegar a CEO de uma organização importante.
A felicidade está no ponto onde paixão, missão, chamado e carreira se encontram.
E você estará diante do seu IKIGAI quando encontrar:
- O que ama (o que te deixa empolgado (a) e faz seu olho brilhar);
- O que é você bom fazendo (em qual atividade você se destaca);
- O que o mundo precisa (você gostaria de provocar qual mudança no mundo?);
- O que você é / poderia ser pago (você é capaz de ser remunerado (a) pela atividade que gostaria de fazer?).
A encruzilhada dessas quatro estradas será onde estará a sua felicidade profissional. E o seu IKIGAI, onde está?
IKIGAI e as empresas
Um fato que chama a minha atenção é que as novas gerações que chegam ao mercado de trabalho, estão, natural ou instintivamente, muito conectadas com o IKIGAI.
Para elas, dinheiro é importante. Mas não é tudo.
Existem outras variáveis que são consideradas na condução da carreira.
Ambiente, modo de trabalho flexível, liderança inspiradora…
E se as empresas desejam encontrar e reter grandes talentos é preciso contribuir para que seus funcionários tenham um ambiente leve, acolhedor, estimulante, com senso de pertencimento.
Afinal, se a empresa estiver na rota do IKIGAI dos seus colabores, dificilmente eles a deixarão em busca da felicidade em outro lugar.
